"Repetindo o Mantra" -
Leitura
de 13/12/2009 Jesus O Mestre Interior (S. Paulo: Martins Fontes, 2004) pgs. 297-299. Tradução de Roldano Giuntoli |
O mantra… é recitado continuamente, seja lá o que estejamos sentindo: "em tempos de guerra e em tempos de paz," como disse A Nuvem do Não-Saber; " em tempos de prosperidade e adversidade," como afirmou João Cassiano; "do começo ao fim de cada meditação," como, por sua vez, dizia John Main. Com a prática, o mantra aprofunda suas raízes em nosso ser, estabelecendo harmonia entre o consciente e o inconsciente. Imperceptível e gradualmente, ele se aprofunda da cabeça para o coração. Com o passar do tempo, repetimos o mantra, em seguida o ressoamos e, por fim, o ouvimos com menos esforço e mais atenção. Naturalmente existem dias de turbulência ou períodos de aridez na meditação, quando nos parece quase impossível repetir o mantra. Procuramos qualquer justificativa para não sentar e meditar. Quando o fazemos, o mantra imediatamente se dissolve pelas ondas do pensamento e da emoção. Mas se perseverarmos ou recomeçarmos, como a semente da parábola, que cresce no ventre escuro da terra (como, não sabemos, disse Jesus), o mantra nos guia fielmente ainda mais para o fundo. Com a profundidade vem a clareza, a tranqüilidade, o autoconhecimento, a grande dádiva da compaixão e a calma interior necessária para uma atenção cada vez mais completa, uma mais generosa transcendência. Imperceptivelmente, o mantra progride através dos interstícios da quietude, entre as ondas do pensamento e da vida interior.[...] Uma atitude de desprendimento e confiança se desenvolve e substitui a ganância e o medo. Com isto, nos chega uma paz cada vez mais inabalável. Subjacente a toda a turbulência, essa paz flui do conhecimento de que somos conhecidos e, uma vez reconhecida, torna-se condição de todo crescimento posterior. |
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