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Sabedoria diária

Margarete de Bacco

Procurando fontes de sabedoria

Deveríamos estar buscando fontes de sabedoria, não apenas reclamando sobre o quão ruins as coisas estão. Deveríamos estar buscando essas fontes de sabedoria e conectando-as umas às outras. Porque cada uma dessas fontes de sabedoria está extraindo sua sabedoria de um corpo unificado subjacente de sabedoria, de água, que é a sabedoria do Espírito. (Fontes de Sabedoria por Laurence Freeman OSB)

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Dom Bernardo Bonowitz (1949 - 2025), com especial carisma, marcou indelevelmente a vida de muitas pessoas que com ele entraram em contato.

Digno de nota é o fato de que como filho primogênito de uma família judaica seria improvável a sua conversão ao Cristianismo. É sabido que, em geral, judeus convertidos costumam levar muito mais a sério os ensinamentos cristãos, do que os nascidos na religião cristã. Assim, também, se deu com Dom Bernardo que neles mergulhou com sua consciência profundamente mística.

A exemplo do também trapista Thomas Merton, ele se tornou um monge sui generis, que combinava a santidade de uma vida interiorizada na Trapa, e totalmente devotada, com a aguda articulação de um comunicador de escol. Com sua mente brilhante ele conseguia transmitir profundas verdades com linguajar simples, metáforas e citações pinçadas de sua vasta cultura.

Em seu livro “Saint Bernard’s Three-Course Banquet”, por exemplo, Bonowitz cita o primeiro canto da Divina Comédia, o canto introdutório, onde Dante, perdido, diz: “a meio caminho de nossa vida me encontrei na escuridão de uma selva”; e vislumbra à distância uma cruz no alto de uma colina, sem divisar qualquer caminho que leve a ela. É quando Virgílio vem em seu auxílio para lhe dizer que o caminho para o alto, e de saída da selva, é para baixo!

Ele faz essa citação para lembrar que a Regra de São Bento também reza que é apenas descendo ao interior de si mesmo que se pode sair da selva. Isso porque os nove círculos do inferno que Dante atravessará acompanhado por Virgílio, que é um símbolo da razão, não são apenas cósmicos, mas também são microcósmicos, e Dom Bernardo segue afirmando:

“Há muito mistério: para ir além de si mesmo você deve permanecer em seu interior. Não apenas o caminho para o alto é o de descer, mas a via de saída está aí dentro. Se você quer entrar em comunhão com outros deve, se dirigir ao verdadeiro centro de si mesmo. É ali que está a porta que leva para fora.”

*Leia o texto completo de Roldano Giuntoli no site da comunidade WCCM.ORG.BR

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Quarta Semana do Advento 2024 – Reflexão 2
22 de dezembro
Laurence Freeman OSB

O que é extraordinário na história do Natal, é quão comum ela é – deixando de lado o coro de anjos e a visita dos Três Reis Magos, que podemos considerar como complementos simbólicos. Esses símbolos, no entanto, representam o quão maravilhoso é este novo membro da espécie humana – um daqueles que justificam que nos chamemos de homo sapiens. Mas a maravilha brilha no comum, como as luzes da árvore de Natal quando você entra em uma sala escura.

Jesus não veio de uma família pobre, mas de uma classe de artesãos, e não era um príncipe real ou parte de qualquer elite. Não encontrar um quarto em uma hospedaria, quando há uma grande conferência na cidade, aconteceu com muitos outros. Ele nasceu em uma manjedoura, que poderia significar um “local para ovelhas”. Autores posteriores, descreveram-na como uma caverna. As cavernas são símbolos antigos de encontros com Deus. Orígenes pensou que poderia ter sido uma caverna onde as ovelhas eram mantidas, talvez em um antigo local dedicado ao deus Tammuz, patrono dos pastores.

Quaisquer que sejam os fatos, os pastores estão fortemente presentes na imagem simbólica. Mais tarde, Jesus se autodenominou o “bom pastor”, e a representação artística mais antiga dele é como um jovem pastor carregando a ovelha perdida nos ombros. Embora, no antigo Israel, quando eram nômades, os pastores tivessem uma boa imagem pública, na época de Jesus, eles se tornaram uma classe desprezada. Tudo isso sugere, pelas circunstâncias de seu nascimento, que Jesus era igualmente capaz de lidar com os ricos e poderosos, mas era preferencialmente voltado para os pobres e marginalizados.

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Quarta Semana do Advento 2024 – Reflexão 1
22 de dezembro
Laurence Freeman OSB

Os evangelhos das últimas três semanas tiveram um elenco masculino, refletindo o mundo dominado por homens da cultura do Oriente Médio na qual o tão esperado Jesus iria nascer. Este evangelho muda completamente para o mundo das mulheres, trazendo duas mulheres grávidas que aprenderam o Advento – esperar, orar e ter suas mentes transformadas.

São Lucas é, para sua época, incomum e talvez único em sua sensibilidade às mulheres, aos pobres, aos marginalizados e as crianças – todos aqueles que, no mundo de seu tempo, eram habitualmente negligenciados ou desvalorizados. Sua atenção a eles reflete a boa nova de Jesus, de que, à luz de Deus, mostra que simplesmente não há grupos marginais, nem classes inferiores, nem grupos descartáveis.

Nossa preocupação contemporânea – no que resta da democracia liberal – com as minorias, os direitos iguais para as mulheres e a justiça econômica também pode, mesmo com uma menor profundidade de compreensão, refletir essa sabedoria de igualdade universal. Assim, mesmo que a natureza não seja justa na forma como distribui seus dons, os seres humanos podem ser justos na forma como protegem e respeitam os menos favorecidos.

Apesar das diferenças culturais, a justiça é um instinto inato que surge da bondade essencial da natureza humana. Essa bondade é Deus. Ela revela a capacidade do ser humano de ser divinizado, assim como a criança que saltou no ventre de Isabel, na presença do embrião no ventre de Maria testemunha a capacidade divina de se tornar carne. No Advento, podemos não ter certeza se estamos indo ao encontro de Deus ou se Deus está vindo ao nosso encontro, e a conclusão deve ser que ambos os movimentos são inseparáveis.

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Terceira Semana do Advento 2024 – Reflexão 2
15 de dezembro
Laurence Freeman OSB

Aqui, no hemisfério norte, estamos nos aproximando do ponto mais baixo do ano, 21 de dezembro, o dia mais curto. Nadir vem de uma palavra árabe que significa “oposto”, referindo-se aqui ao oposto do zênite, que é o ponto mais alto na esfera celeste. O bom sobre os opostos, é que quando você chega ao fim, você encontra o outro vindo em sua direção, que é disso que trata o Advento.

Se você está no hemisfério sul, esta mesma data será o dia mais longo. A partir desse ponto, os dias ficam mais claros ou mais escuros, mais longos ou mais curtos. É difícil acreditar, no meio de um inverno rigoroso do Norte, que os dias estão realmente ficando mais longos, mas estão e eventualmente, você tem que acreditar. Assim também é na revolução cíclica de nossas vidas: a ascensão funde-se em novos começos, e os períodos de escuridão e desesperança, geram um novo amanhecer. Tudo o que precisamos fazer é manter o rumo, perseverar até o fim, e a transformação acontece. Como disse o rabino: “Deus não espera que sejamos perfeitos, mas não nos é permitido desistir.”

São João diz que “Deus é luz e não há nele treva nenhuma” (1Jo 1:5). Esta é uma visão cristã fundamental do paradoxo divino, onde os opostos estão unidos. Para cada afirmação que fazemos sobre Deus, temos que permitir o oposto. O que tantas vezes parece tão frequentemente um inimigo, um desestabilizador ou uma negação, é rapidamente rejeitado. Mas, na nossa impaciência e insegurança, perdemos o efeito do salto, quando o encontro dos opostos produz um casamento verdadeiramente feliz.

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Terceira Semana do Advento 2024 – Reflexão 1
15 de dezembro
Laurence Freeman OSB

O mundo em que Jesus nasceu, estava tão descontente e tornado disfuncional pela injustiça institucional, como qualquer outro. Os tempos de otimismo e esperança sem limites, são poucos e de curta duração. A eleição de um Kennedy ou um Obama, a queda do Muro de Berlim, os dias inebriantes de uma revolução política inspirada por ideais, o rescaldo imediato de uma guerra, os dias de casamento, todos os novos começos, são ocasiões para acreditar no impossível, e esquecer como todos os anteriores, tais esperanças foram frustradas. São aos pobres que compram os bilhetes de loteria.

Os pecados sociais, como aqueles que estão incorporados em nossos sistemas financeiros, que fazem disparar os preços das casas de luxo enquanto um número cada vez maior, mesmo em sociedades ricas, mal consegue alojar e alimentar suas famílias, esgota o espírito e enfraquece a vontade. Em tal desespero as pessoas foram até João, pedindo simplesmente: “O que devemos fazer?”

João Batista é o Advento em si, esperando ativamente pelo Messias. Em resposta à pergunta das pessoas, ele confronta as injustiças e os pecados sociais de sua época, que oprimiam não apenas as vidas, mas também as almas daqueles que iam ao deserto para ouvi-lo. Muitos se perguntavam sobre ele, esperando que talvez fosse o salvador que corrigiria todas as injustiças e restabeleceria a ordem da justiça. Os infelizes estão sempre à procura de um messias. Mas João não é esse salvador, nem sequer um revolucionário social. Ele diz aos cobradores de impostos para não cobrarem mais do que o devido, e aos soldados, para não usarem seu poder para explorar e intimidar. Em quantas sociedades de hoje, repletas de corrupção na política, no judiciário e na polícia, ele não poderia ter dito essas mesmas palavras? Esse é o mínimo necessário para a justiça. E não pode ser separado da dimensão espiritual – como São Oscar Romero veio a compreender.

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