Ver-me nos outros e os outros em mim

Amem os seus inimigos. Façam o bem aos que os odeiam. Abençoem os que os amaldiçoam. Orem por aqueles que os maltratam. Quando alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra face. Quando alguém tirar a sua capa, deixe também a sua camisa. Dê a todo aquele que lhe pedir. Quando alguém tirar o que é seu, não exija de volta. Trate os outros como você gostaria que eles o tratassem. (Lc 6:27-30)

E Jesus continua, mas conclui a seção com a regra de ouro, uma expressão universal de sabedoria que encontramos em todas as grandes tradições espirituais da humanidade: “Tratem os outros como vocês gostariam de serem tratados.” (Lc 6,31) E isso acontece em um determinado momento do desenvolvimento da consciência contemplativa; só pode acontecer quando eu me vejo nos outros e os outros em mim. É essa consciência unificada que torna esse novo caminho possível. E uma fonte de esperança, mesmo em tempos como os nossos, que muitas vezes parecem bastante desesperadores. É esse elo, essa conexão, essa conexão significativa entre o trabalho interior que fazemos em nossa meditação diária, se o fizermos com seriedade, e o mundo em que vivemos e o trabalho que Deus nos chama a fazer durante nossa vida.

A Arte de Esperar, Laurence Freeman OSB

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