O presente esperando para ser recebido

Um trecho de Laurence Freeman OSB, JESUS THE TEACHER WITHIN (Nova York: Continuum, 2000), pp. 62-63.

A pergunta que Jesus faz: “E vós, quem dizeis que eu sou?” é o presente do mestre para nós: sua própria pergunta concede a “graça do guru”.

Em todas as épocas, sua pergunta é o presente esperando para ser recebido. Seu poder de despertar o autoconhecimento de forma simples e sutil, é perene. São Tomás usa o tempo presente quando fala da Ressurreição. Pode-se entender que ele está dizendo que a ressurreição… transcende todas as categorias de espaço e tempo. De forma semelhante, ícones da ressurreição na tradição ortodoxa sugerem a mesma transcendência e mostram que o poder que ressuscitou Jesus está presente e continuamente ativo.

O trabalho essencial de um mestre espiritual é exatamente este: não nos dizer o que fazer, mas nos ajudar a ver quem somos. O Eu que conhecemos pela graça não é um pequeno ego separado e isolado, apegado às suas memórias, desejos e medos. É um campo de consciência semelhante e indivisível da consciência que é o Deus da revelação cósmica e bíblica: o único grande EU SOU.

Após a meditação: Rumi, um trecho de “Love with No Object” (Amor sem Objeto), THE SOUL OF RUMI, trad. Coleman Barks (Nova York: HarperCollins, 2001), p. 168.

Você já viu alguém se apaixonar pela própria sombra?

Foi o que fizemos.

Abandone os amores parciais e encontre aquele  que é completo.

Onde está alguém que pode fazer isso?

Eles são  tão raros,

aqueles corações que carregam a bênção e a derramam sobre tudo.

Estenda seu manto de mendigo e aceite sua generosidade.

Qualquer coisa que não venha disso danificará o manto,

como uma pedra afiada rasgando sua sinceridade.

Mantenha isso intacto e use clareza;

chame isso de discernimento.

Você tem dentro de si uma força decisiva que sabe o que receber,

e do que se desviar.

 

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