A meditação e a pobreza dela não é auto rejeição
De John Main OSB, “Segunda Conferência em MEDITAÇÃO CRISTÃ: The Gethsemani Talks (Montreal: Christian Meditation Media, 1982), pp. 36=37.
Meditação e a pobreza dela não é auto rejeição. Não estamos fugindo de nós mesmos; não nos odiamos. Mas para chegar à nossa verdadeira identidade — e é a esse convite que respondemos quando meditamos — precisamos passar para a experiência radical da pobreza pessoal com uma auto entrega inabalável.
E aquilo a que rendemos, aquilo para o qual morremos é, no pensamento do Zen, não o eu da mente, mas sim aquela imagem do eu que erroneamente identificamos com quem realmente somos. Agora, esta não é uma proposição que precisamos, na linguagem da Nuvem, “expor com inteligência imaginativa”. Mas ela nos diz que o que estamos renunciando na oração é essencialmente irrealidade.
E a dor da renúncia será proporcional à extensão em que nos comprometemos com a irrealidade, à extensão em que consideramos nossas ilusões reais.
Depois da Meditação, Franz Wright, “Ohio Sunflowerfield” em GOD’S SILENCE (Nova York: Knoph, 2008), p. 132.
Campo de Girassóis de Ohio
Oculto, num minuto
cada um acredita
que a morte é uma catástrofe
imprevista que só ocorre em outro lugar, para todos os outros, e no minuto seguinte uma condenação pessoal à qual somente você está condenado.
O que há de errado com a verdade, tão profundamente consoladora e
perfeita?