Os primeiros discípulos cristãos eram pobres e simples. Eram pessoas locais, mas também tinham uma visão global, uma visão cósmica – faziam parte dessa igreja universal que ainda estava crescendo. Esse primeiro período de discipulado na história da Igreja chegou ao fim quando a Igreja se estabeleceu, quando o imperador disse: “Ok, todos vocês cristãos, não vou mais persegui-los. Vocês farão parte do meu serviço civil; vou lhes conceder privilégios. Vou facilitar para vocês. Podem construir igrejas, podem organizar sua estrutura eclesial, mas também irão colaborar comigo no império.” De repente, o número de cristãos aumentou dramaticamente. E assim, a ideia de discipulado começou a se diluir. Tornou-se mais superficial, mais social, e ser cristão passou a trazer vantagens para a carreira. E a reação a esse nível mais baixo de discipulado surgiu muito rapidamente com o movimento monástico.
( Christian Life in the Light of Christian Meditation 1, Laurence Freeman