Amor e Medo
Um trecho de John Main OSB, “The Unreality of Fear,” THE HEART OF CREATION (Nova York: Continuum. 1998), pp. 24-25.
Ao lermos o Evangelho, vemos que uma escolha se coloca diante de nós. A alternativa é entre o amor e o medo. O medo é destrutivo e corrosivo, seja o medo da doença, da guerra ou da fome, seja o medo de deuses sobrenaturais, raivosos e vingativos, que precisam ser aplacados por rituais compulsivos. A diferença entre um mundo bárbaro e um mundo civilizado é que a barbárie prospera no medo. A civilização prospera no amor que gera vigor, energia, vitalidade e criatividade. A energia bárbara é negativa; seu principal impulso é destrutivo e sua principal arte é a guerra. A principal arte da vida Cristã é a paz.
Nosso compromisso com a meditação é nossa abertura à paz do amor redentor de Deus: nossa aceitação dela, nosso abandono da autofixação e nosso compromisso com a autodoação. [ . . . ]
A função fundamental do evangelho, que é realmente a única raiz, é expulsar o medo, arrancá-lo pela raiz para que possamos ir cada vez mais fundo em um coração destemido e lá encontrar o amor mais profundo.
After meditation: Petition by K.A. Hays in WINDTHROW (Pittsburgh: Carnegie Mellon University Press, 2017), p. 53.
Petição
Aqui flutua a mente no cais do verão.
Os joelhos se soltam, as mãos hesitam,
os olhos nunca ouviram falar de relógios.
A mente não sente as horas, a mente se espalha amplamente
entre as horas, amplamente ao sol. Querido sol,
que dá a visão, mas não é a visão.
Quem é o corpo e os corpos
que falam na escuridão abaixo do cais.
Quem para os peixinhos no pneu afundado na areia
parece amor.
Faz de nós o brilho curvado através da sombra.
A coisa, ou o ímpeto das coisas, que faz
uma abertura, um caminho.