A simplicidade do amor
A única maneira de lidar com a complexidade dos relacionamentos humanos é aprender a amar: aprender que o amor é a força unificadora em todos os relacionamentos humanos, seja com aqueles mais próximos de nós, aqueles que nos machucaram e podem não se arrepender da maneira como nos machucaram, ou a maneira como nos relacionamos com a humanidade em geral – com o vagabundo na rua ou com o sofrimento que vemos nas telas de nossa televisão. É o mesmo amor que nos relaciona com todos esses relacionamentos. A única maneira de lidar com a complexidade dos relacionamentos humanos, que são tão complexos, é a simplicidade do amor; no amor onde não julgamos, onde não competimos, mas onde aceitamos, onde reverenciamos e onde aprendemos a ter compaixão. E assim, ao aprender a amar os outros, liberamos a alegria interior de ser, a alegria de ser que irradia para fora através de nós, através de nossos relacionamentos, tocando os outros através de nossos relacionamentos. É por isso que comunidades, famílias e casamentos não existem apenas para a perfeição das pessoas nesses relacionamentos imediatos. Eles existem também para irradiar para fora o amor da família, o amor dos pais, o amor dos membros da comunidade, além de si mesmos; irradiando essa alegria, essa simplicidade de amor para fora, além de si mesmos, para tocar todos aqueles que entram em contato com ela.
( Aspectos do Amor 2 por Laurence Freeman OSB )