Centralidade no outro

A centralidade no outro está no coração da meditação. Quando nos sentamos para meditar, estamos fazendo esse trabalho de amor. Pode não parecer; podemos nos sentir muito distraídos, muito turbulentos, com todos os nossos problemas e cheios de nós mesmos. Mas estamos fazendo esse trabalho de amor. Ao dizer o mantra, tentamos dar a ele toda a nossa atenção porque estamos mudando a direção da nossa mente. Estamos colocando em prática a primeira coisa que Jesus disse em seu ensinamento: mudem suas mentes, arrependam-se, metanoia: deixem suas mentes serem refeitas. E é esse chamado para a centralidade no outro que experimentamos constantemente ao aprender a meditar. Mas isso transborda sem que percebamos em nossa vida e, claro, em nossos relacionamentos. Essa é a totalidade da visão que o ensinamento de Jesus nos dá. É por isso que ele transcende qualquer coisa que seja paroquial, racial, nacionalista ou qualquer coisa que se torne uma expressão de imperialismo religioso ou egoísmo religioso.

(Homilia 5 DE MAIO DE 2024 por Laurence Freeman OSB)

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