Carta 13 – A Importância do grupo semanal de meditação
Cara(o) Amiga(o)
As bases da Comunidade Mundial de Meditação Cristã são os milhares de pequenos grupos que se reúnem em casas, paróquias, escolas, prisões, hospitais, em mais de 100 países em todo o mundo. Reunir-se em um grupo para meditar constitui parte importante da jornada de meditação. Em primeiro lugar, o grupo é um local de ensinamento, onde os pontos essenciais da Meditação Cristã, conforme transmitidos por John Main e Laurence Freeman, são ensinados e a sua autêntica e antiga natureza cristã é reforçada. Além disso, a formatação do grupo faz dele um ambiente acolhedor e seguro para que recém-chegados se juntem a ele.
Em segundo lugar, é importante estar com pessoas de mentes afins quando estamos na jornada espiritual. A jornada não é fácil para quem a faz sozinho; é inestimável o apoio gentil e encorajador de outros no mesmo caminho. John Main acentuou muito a importância das reuniões semanais de meditação. Subjacente a isso, ele tinha a crença de que “a meditação gera comunidade”. Homens e mulheres são criaturas sociais em sua essência e, são influenciados de maneira sutil por aqueles com quem se associam. Mas, ele se referia ao efeito da oração: “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles”, diz Jesus em Mt 18, 20. Sua presença forma um elo cada vez mais forte entre as pessoas que rezam juntas e a partir desse elo, surge um senso de comunhão, um desejo de animar e encorajar os outros.
Em especial, isso acontece na oração silenciosa. É o silêncio que forma a essência de qualquer reunião de grupo de meditação. Repetindo com fidelidade a nossa palavra, somos conduzidos ao profundo silêncio no centro de nosso ser, onde Cristo habita. Nesse silêncio descobrimos nosso verdadeiro eu e, ao fazer isso, descobrimos que não somos seres isolados, individuais, mas que estamos interconectados com todos, com a Criação e com o Divino. Portanto, isso não é um silêncio individual, mas compartilhado; é o silêncio que, na verdade, nos une. Além disso, é a memória desse silêncio compartilhado que nos apoia e nos mantém fiéis à nossa prática individual, duas vezes ao dia em nosso lar, ou nos ajuda a começar de novo quando vacilamos.
A pessoa que se sentiu chamada a liderar um grupo tem nisso um importante papel de apoio. Ele ou ela podem ajudar a criar o ambiente correto para que o silêncio se estabeleça e, a sua própria constância em estar ali presente, toda semana, constitui um exemplo para todos os outros. De diversas maneiras, a meditação cristã une-se aos primeiros cristãos dos séculos iniciais de nossa era. John Main não apenas redescobriu a oração silenciosa com a palavra-oração, nos escritos daquele tempo, mas até mesmo o ambiente no qual os primeiros cristãos se reuniam era semelhante. Eles também se reuniam em pequenos grupos em casas ou em locais de encontro.
Até a Próxima Semana
Escola da Comunidade Mundial para a Meditação Cristã
BRASIL