Uma tradição muito antiga
Fazemos parte de uma tradição muito antiga, é claro: ‘Venha embora… para um lugar tranquilo” (Mc 6,31). Isto é o que o Bhagavad Gita nos lembra:
Dia após dia, que o iogue pratique a harmonia da alma em um lugar secreto, em profunda solidão, senhor de sua mente, sem esperar nada, sem desejar nada. Que ele encontre um lugar que seja puro e um assento que seja repousante, nem muito alto nem muito baixo, com grama sagrada e uma pele e um pano sobre ela… Com corpo ereto, cabeça e pescoço que descansam e não se movem, com olhar interior que não é inquieto, sua alma em paz e todo o medo desaparecido, e forte no voto de santidade, que ele descanse com a mente em harmonia, sua alma em mim, seu Deus supremo… Uma harmonia em comer, descansar, dormir e manter-se acordado. Então sua alma é uma lâmpada, cuja luz é constante, pois arde no abrigo onde não vêm ventos. Quando a mente está descansando na quietude da oração, e pela graça do Espírito vê o espírito e nele encontra realização, então o buscador conhece a alegria da eternidade.
Essa é uma bela imagem de nossa mente, nossa alma sendo como uma lâmpada acesa em um lugar onde não há vento. Apenas uma queima constante e silenciosa.