“Ao Encontro do Outro

“Ao Encontro do Outro” – Laurence Freeman OSB, in “Luz Interior” (no original: “LIGHT WITHIN: The Inner Path of Meditation” – New York: Crossroad, 1989 – p. 67)

Quando meditamos, aprendemos a deixar para trás todas as imagens de nós mesmos porque as imagens são estranhas ao nosso “eu” real. São como etiquetas incorretas. A nossa autoanálise para colocação de etiquetas, que pensa que é muito esperta, nos  isola do conhecimento do “eu” real e do encontro redentor com a realidade. Aprisionamos a nós mesmos na consciência centrada em nós. Temos apenas que entender que fomos libertados e que a perfeita liberdade é alcançada nas profundezas do nosso espírito, na liberdade de Cristo, a liberdade do Seu puro amor. Podemos nos virar para essa liberdade desde que consigamos aprender a ser simples, a aceitar o dom oferecido livremente e a ser fiéis ao dom.

Se aprendermos a dizer o mantra, ele nos ensina como amar e irá nos  ensinar como nos expandir para lá de todas as imagens de nós mesmos, para a realidade de nós mesmos e em unidade com a realidade de Cristo. Irá nos ensinar a ser quem somos e a conhecer a alegria de estar em comunhão.

Cauda Negra de AndorinhaMary Oliver, in “Pássaro Vermelho” (no original: RED BIRD – Boston: Beacon Press, 2008 – p. 40)

A lagarta,

interessante, mas não exatamente amorosa,

arrastava-se por entre as folhas de salsa,

comendo, sempre  comendo. Então,

certa noite, desapareceu e, no seu lugar,

um pequeno embrulho verde surgiu pendurado por dois fios de seda

num ramo de salsa. Acho que nada levou consigo,

exceto fé e paciência. E então, uma bela manhã,

ela expressou-se como o mais belo dos seres.

 

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